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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ocorrer em qualquer idade, inclusive em crianças, mas, segundo a Sociedade Brasileira de AVC, a condição é mais frequente em idosos e pessoas com problemas cardiovasculares. Entre os pacientes diagnosticados com o derrame cerebral, 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia7.
De acordo com a World Stroke Organization (Organização Mundial de AVC), uma em cada seis pessoas no mundo enfrentará um AVC em algum momento da vida. Esse dado destaca a necessidade urgente de ações voltadas à vigilância em saúde, incluindo esforços de prevenção, reabilitação e promoção do bem-estar, a fim de melhorar a qualidade de vida da da população¹.
Esses números reforçam a relevância dos cuidados às pessoas que sofreram AVC, considerando suas necessidades em todos os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante dessa realidade, é essencial que os profissionais de Saúde tenham um conhecimento aprofundado sobre os aspectos conceituais, epidemiológicos e preventivos do AVC, com ênfase no estabelecimento de metas focadas no cuidado e recuperação dessas pessoas¹.
O AVC é a principal causa de perda de independência em todo o mundo, e, muitas vezes, pacientes e familiares não estão preparados para lidar com as consequências dessa doença8.
Jul/24 | ALLSC-BR-000379
O impacto do AVC pode variar significativamente entre as pessoas. Algumas conseguem se recuperar completamente ou ficam com sequelas leves que não afetam suas atividades diárias, enquanto outras podem sofrer danos mais graves nas funções cerebrais, resultando em uma perda significativa de funcionalidade8.
Devido a essas sequelas, o principal foco da reabilitação é reduzir o impacto negativo na qualidade de vida e promover a recuperação funcional após um derrame cerebral. O objetivo central é ajudar as pessoas a readquirirem as habilidades perdidas em decorrência da doença, conquistarem independência e melhorarem sua qualidade de vida8.
Por exemplo, pessoas que perdem a capacidade de falar após um AVC podem reaprender a se comunicar, seja por meio da fala ou de outras formas alternativas. Da mesma forma, aquelas que perdem a habilidade de andar podem reaprender a caminhar, frequentemente com o auxílio de dispositivos como bengalas ou andadores8.
As sequelas depois de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) podem ser múltiplas e complexas, exigindo um programa de reabilitação multimodal e pluriprofissional para abordar de forma abrangente as funções e capacidades afetadas. Para um programa eficiente, os profissionais envolvidos devem considerar a gravidade do quadro, as necessidades específicas de cada paciente e o prognóstico funcional10.
A reabilitação pode ser realizada em diferentes contextos, dependendo das condições do paciente: em internamento, como em hospitais, centros de reabilitação, e unidades de cuidados continuados; ou em ambulatório, com sessões programadas de acordo com as necessidades específicas10.
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A eficácia da reabilitação vai depender da precocidade da intervenção, bem como à intensidade, frequência, duração e interdisciplinaridade do tratamento. Os principais objetivos do tratamento terapêutico são o ganho funcional e a autonomia do paciente10. Em fases iniciais, por exemplo, é fundamental que o paciente aprenda a realizar alternâncias de posicionamento na cama, realizar transferências seguras (como passar da cama para a cadeira de rodas ou para o cadeirão), manejar a cadeira de rodas, ou deambular com o auxílio de canadianas ou bengalas, além de treinar outras atividades cotidianas essenciais10.
A fisioterapia não é o único método utilizado no tratamento de reabilitação pós-AVC. Essa técnica é parte integrante de um tratamento multidisciplinar recomendado para a recuperação de indivíduos que desenvolvem sequelas após um AVC. Além da fisioterapia, diversas outras especialidades desempenham papéis essenciais na restauração das funções perdidas dos pacientes. Entre essas especialidades, destacam-se8:
Essas especialidades trabalham em conjunto para fornecer uma abordagem abrangente e personalizada de reabilitação, visando maximizar os resultados e a qualidade de vida do paciente após um AVC8.
No processo de reabilitação, a fisioterapia desempenha um papel crucial na recuperação de pacientes após um AVC, especialmente quando se trata de amenizar complicações como a rigidez dos membros, espasmos musculares e dores associadas à condição. Os exercícios e atividades focam no ganho de amplitude de movimento, ajudando a prevenir contraturas e deformidades, além de promover uma recuperação funcional mais eficiente9.
Referências consultadas
Jul/24 | ALLSC-BR-000379
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