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O acidente vascular cerebral (AVC) acontece quando o sangue para de chegar a uma parte do cérebro. Isso faz com que as células comecem a morrer em poucos minutos, já que ficam sem oxigênio e nutrientes 1.
Depois do AVC, muitas pessoas perdem habilidades importantes, não só para andar ou falar, mas também para lembrar, prestar atenção e organizar tarefas. Felizmente, exercícios para o cérebro ajudam muito. Eles ativam a chamada neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de criar novas conexões, contornando áreas que foram danificadas. Jogos de memória, atividades visuais e tarefas de planejamento são exemplos que fortalecem essas novas conexões 1.
Pesquisas mostram que combinações de exercícios físicos e cerebrais melhoram a memória e a atenção. Outras estratégias, como estimulação cerebral não invasiva, também ajudam no equilíbrio e na recuperação funcional, sempre comparadas aos tratamentos tradicionais. Isso aparece nas análises feitas por especialistas em saúde, como a American Heart Association e o BMJ Open 3.
Um AVC pode prejudicar muitas áreas do cérebro, inclusive as responsáveis por guardar e manipular informações, como a memória de curto prazo. Ele também afeta a atenção, a capacidade de planejar e a rapidez para entender e responder a situações 1.
Segundo a American Heart Association, cerca de 57% das pessoas que sobrevivem a um AVC isquêmico apresentam problemas cognitivos depois de seis meses. Isso aumenta os riscos de precisar de internações, reduz a qualidade de vida e aumenta os gastos com saúde e o estresse das famílias 3.
Porém, a maioria dos programas de recuperação dá mais atenção aos problemas motores, deixando os desafios cognitivos em segundo plano. Isso é um erro, já que funções como memória, linguagem, percepção visual e planejamento estão todas interligadas. Tratar apenas uma dessas áreas pode não ser suficiente, como alertam as pesquisas citadas acima 3.
Praticar exercícios para o cérebro em casa ajuda porque aumenta a prática diária e permite que a pessoa use as habilidades treinadas em situações reais. Um guia da University of Alabama ensina que atividades simples, como arrumar objetos, fazer listas e brincar com jogos de memória, já estimulam partes importantes do cérebro 2.
Um grande estudo da BMJ Open reforça que não é só no hospital que a reabilitação acontece. Treinar em casa ajuda a manter os resultados conquistados nas sessões de terapia, tornando os ganhos mais duradouros. Isso impacta a vida do paciente, mas também a de toda a família e da comunidade em geral 4.
É importante lembrar que os exercícios precisam ser feitos com frequência e que os desafios devem aumentar conforme a pessoa melhora. Melhorias podem ser vistas em poucas semanas, mas resultados mais sólidos levam meses de prática dedicada 1.
Quando falamos em recuperação do cérebro, estamos falando da capacidade dele de se reorganizar e aprender novos caminhos — isso se chama neuroplasticidade. Por isso, os exercícios cognitivos funcionam: eles ajudam o cérebro a criar novas ligações para compensar as áreas afetadas pelo AVC 1.
De acordo com a American Heart Association, o que dá mais resultado são programas combinados, que misturam exercícios cognitivos com atividades físicas. Só o treino cognitivo, feito sozinho, pode ter efeito limitado. Mas quando combinado com fisioterapia, atividades coordenadas ou até acupuntura, os resultados são melhores para memória, atenção e equilíbrio. Evidências mostram que isso funciona tanto para idosos quanto para pessoas em recuperação pós-AVC. Além disso, usar lembretes visuais ou técnicas compensatórias também ajuda a lidar com problemas de memória 3.
O estudo do BMJ Open ainda acrescenta que usar ferramentas como realidade virtual, neurofeedback e aplicativos digitais pode aumentar os benefícios. Mas os programas precisam ser adaptados à realidade de cada paciente, levando em conta os déficits específicos e o contexto familiar e social 4.
Veja atividades simples que você pode usar no dia a dia:
Essas atividades estimulam diferentes partes do cérebro. Por exemplo, quem tem dificuldade de perceber estímulos de um lado do corpo (chamado heminegligência) pode se beneficiar de jogos que forcem a atenção para esse lado 1.
Para criar uma boa rotina, é preciso variar os tipos de exercícios. O guia da University of Alabama sugere começar com tarefas fáceis e ir aumentando a dificuldade devagar. Também é importante incluir pausas para evitar cansaço excessivo 2.
No começo, as sessões podem durar apenas 5 a 10 minutos, usando jogos simples. Depois de alguns meses, as sessões podem ser estendidas para 20 minutos e incluir atividades mais complexas, como ordenar frases ou resolver problemas com dinheiro. Na fase avançada, vale apostar em quebra-cabeças desafiadores ou tarefas que exigem várias etapas, com sessões de 30 minutos 1.
Mesmo sendo úteis, os exercícios cognitivos feitos em casa não substituem acompanhamento médico e terapêutico. O ideal é que eles complementem o trabalho de profissionais especializados, como mostram os estudos da American Heart Association e do BMJ Open 3, 4.
Os cuidadores devem observar sinais de fadiga ou frustração no paciente, já que exagerar pode trazer mais prejuízo que benefício. Uma sessão curta e focada vale mais do que uma longa feita sem atenção. Caso o paciente demonstre cansaço, dor de cabeça ou piora no desempenho, é hora de descansar 1.
A recuperação pós-AVC envolve muito mais que movimento físico: envolve também reeducar o cérebro. Exercícios cognitivos feitos em casa, aliados ao apoio da família e ao acompanhamento clínico, ajudam a melhorar memória, atenção e raciocínio. Eles reforçam a neuroplasticidade e aumentam as chances de recuperar habilidades perdidas 1, 3.
1- Wholistic Research. Brain Exercises. https://wholisticresearch.com/brain-exercises/. Acesso em Mai. 2025.
2- University of Alabama at Birmingham. In-home Cognitive Stimulation Guidebook. https://www.uab.edu/medicine/tbi/images/TBIMS/PDF/In-home_Cognitive_Stimulation_Guidebook_-_Final.pdf. Acesso em Mai. 2025.
3- American Heart Association. Disparities in Poststroke Cognitive Decline. 2021. https://www.ahajournals.org/doi/pdf/10.1161/STROKEAHA.121.034218. Acesso em Mai. 2025.
4- BMJ Open. Effectiveness of Cognitive Rehabilitation on Stroke Survivors. 2019. https://bmjopen.bmj.com/content/9/11/e031052. Acesso em Mai. 2025.
Jun/25 | ALLSC-BR-000575
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