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Espasticidade muscular: o que é preciso saber em caso de AVC

A espasticidade muscular é uma condição comum em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVC). Ela é caracterizada pela rigidez muscular que afeta a mobilidade e a qualidade de vida. Após um AVC, a espasticidade surge devido a alterações no controle neuromuscular, impactando atividades diárias e a capacidade de reabilitação 1, 2.

Entender essa condição é essencial para oferecer um tratamento eficaz. Isso inclui conhecer suas causas, identificar sinais e sintomas e buscar abordagens terapêuticas adequadas. A reabilitação e o manejo da espasticidade exigem um esforço conjunto de profissionais de saúde, pacientes e familiares 2.

Neste artigo, você vai aprender com mais detalhes o que é a espasticidade muscular, quais são os impactos no pós-AVC e como tratá-la. A informação correta é um passo importante para promover melhor qualidade de vida aos pacientes 1.

O que é espasticidade muscular?

A espasticidade muscular é uma condição caracterizada pelo aumento do tônus muscular, que causa rigidez e dificuldade de movimento. Ela ocorre devido a um desequilíbrio nos sinais enviados entre o cérebro e os músculos. Isso é comum em pacientes com lesões no sistema nervoso central, como no caso de um AVC 1, 3.

Na verdade, após um AVC, os músculos podem se contrair de forma involuntária, dificultando movimentos simples. Essa rigidez afeta a capacidade do paciente de andar, usar as mãos e realizar atividades cotidianas, como vestir-se ou comer. A espasticidade pode variar de leve a grave, dependendo do local e da extensão da lesão cerebral 2.

Segundo especialistas, a identificação precoce da espasticidade é essencial. Os sinais mais comuns incluem:

  • Rigidez nos músculos, especialmente nos braços e pernas 1.
  • Movimentos involuntários que causam desconforto 3.
  • Dificuldade em dobrar ou esticar os membros 2.

Com o tratamento adequado, é possível aliviar os sintomas e recuperar parte da funcionalidade 1, 3.

Como a espasticidade afeta a reabilitação pós-AVC?

A espasticidade interfere diretamente na reabilitação de pacientes que sofreram AVC. O aumento do tônus muscular pode dificultar a realização de exercícios terapêuticos, retardando a recuperação. Adicionalmente, ela pode levar a deformidades permanentes nos membros, caso não seja tratada 2, 5.

O que saber sobre espasticidade e AVC

Pacientes com espasticidade frequentemente apresentam:

  • Limitação na amplitude de movimento 2.
  • Dores crônicas devido à tensão constante nos músculos 3.
  • Risco aumentado de contraturas, que são encurtamentos permanentes nos músculos ou tendões 5.

A reabilitação eficaz exige um plano individualizado que combine fisioterapia, medicamentos e, em alguns casos, procedimentos médicos. Técnicas de alongamento e exercícios para fortalecer músculos opostos são fundamentais para melhorar a mobilidade e aliviar o desconforto 5.

Segundo diretrizes do Governo Federal, a abordagem multidisciplinar é essencial para tratar a espasticidade. Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e médicos trabalham juntos para promover a melhor recuperação possível. Outro ponto importante é a educação do paciente e da família sobre a condição, que contribui para o sucesso do tratamento 5.

A reabilitação é um processo longo, mas com as intervenções adequadas, os pacientes podem recuperar parte da funcionalidade e melhorar sua qualidade de vida 2, 5.

Principais opções de tratamento para espasticidade muscular

O tratamento da espasticidade muscular combina diferentes abordagens para aliviar os sintomas e melhorar a funcionalidade. A escolha do tratamento depende da gravidade da condição e das necessidades individuais do paciente 2, 5.

Abordagens terapêuticas:

  • Fisioterapia: inclui exercícios de alongamento, técnicas de mobilização e fortalecimento muscular. Essas práticas ajudam a manter a flexibilidade e prevenir contraturas 5.
  • Terapia ocupacional: foca na adaptação das atividades diárias e no uso de dispositivos assistivos para melhorar a independência 2.
  • Medicamentos orais: como relaxantes musculares, ajudam a reduzir o tônus muscular excessivo. Eles são usados em casos moderados a graves 4.

Intervenções médicas avançadas:

  • Medicamentos: existem fármacos que bloqueiam os sinais nervosos nos músculos específicos, reduzindo a rigidez. Essa técnica é eficaz em muitos casos e apresenta poucos efeitos colaterais 3. Há também bombas que liberam medicamentos diretamente no fluido espinhal para tratar espasticidade severa. Esse método é usado em casos que não respondem a tratamentos convencionais 4.
  • Cirurgia ortopédica: recomendada para corrigir deformidades permanentes ou contraturas que não podem ser tratadas de outra forma 5.

Além das opções terapêuticas, é importante que os pacientes tenham acompanhamento regular com especialistas. A revisão constante do plano de tratamento garante que os objetivos da reabilitação sejam atingidos 4.

O tratamento adequado pode não apenas reduzir a rigidez muscular, mas também melhorar a qualidade de vida e a independência funcional 4, 5.

Como apoiar pacientes com espasticidade muscular

O suporte familiar desempenha papel crucial na recuperação de pacientes com espasticidade muscular. Entender a condição e suas limitações é o primeiro passo para oferecer ajuda eficaz 2.

Estratégias de apoio:

  • Incentivar a prática de exercícios terapêuticos recomendados pelos profissionais de saúde 5.
  • Adaptar o ambiente doméstico para facilitar a mobilidade do paciente 5.
  • Garantir o acompanhamento médico regular e a adesão ao plano de tratamento 2.

Educar-se sobre a espasticidade ajuda os familiares a lidar melhor com os desafios diários. Participar de sessões de reabilitação junto ao paciente também promove um senso de solidariedade e motivação 5.

O suporte emocional também é essencial. A espasticidade pode afetar a autoestima e a saúde mental. Oferecer um ambiente acolhedor e encorajador ajuda o paciente a enfrentar as dificuldades com mais confiança 2.

A recuperação é um processo contínuo, mas o apoio adequado pode fazer toda a diferença na qualidade de vida e nos resultados terapêuticos do paciente 5.

Conclusão

A espasticidade muscular é um desafio comum para pacientes que sofreram AVC, mas pode ser gerenciada com tratamento adequado e suporte multidisciplinar. Desde a fisioterapia até intervenções médicas avançadas, existem diversas opções para aliviar os sintomas e melhorar a funcionalidade 1, 5.

O envolvimento da família e a educação sobre a condição são fundamentais para uma recuperação eficaz. Com as estratégias corretas, é possível promover a reabilitação e restaurar a qualidade de vida do paciente 2.

Começar esse processo com informação é o primeiro passo para um futuro mais independente e saudável 1, 5.

Referências:

1-           GUIA de doenças e sintomas: espasticidade no adulto. Disponível em: https://www.einstein.br/doencas-sintomas/espasticidade-no-adulto. Acessado em dezembro de 2024.

2-           Preditores de espasticidade pós-AVC: uma revisão de literatura. 2023. 22 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2023.

3-           Quantitative assessment of spasticity: a narrative review of novel approaches and technologies. Frontiers in Neurology, 14, 1121323. Disponível em: https://doi.org/10.3389/fneur.2023.1121323. Acessado em dezembro de 2024.

4-           The management of spasticity in adults. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25096594. Acessado em dezembro de 2024.

5-           Governo Federal: Diretrizes – Atenção à Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/publicacoes/diretrizes-de-atencao-a-reabilitacao-da-pessoa-com-acidente-vascular-cerebral.pdf/view. Acessado em dezembro de 2024.

Nov/24 | ALLSC-BR-000500

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