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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado a segunda doença que mais mata no Brasil, e a principal causa de incapacidade no mundo. Dados da Sociedade Brasileira de AVC apontam que cerca de 70% das pessoas não retornam ao trabalho após o derrame cerebral em consequência das sequelas, e 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia4. Neste texto, discutiremos os desafios psicológicos pós-AVC, bem como os caminhos para o equilíbrio emocional e físico dos pacientes.
De acordo com o Ministério da Saúde, pacientes diagnosticados com AVC podem apresentar diversas limitações, e a recuperação é diferente em cada caso. Para reduzir as chances de incapacidade, é recomendado que a reabilitação da pessoa com AVC aconteça de forma imediata5.
O tratamento com uma equipe multidisciplinar vai proporcionar ao indivíduo o retorno o mais breve possível às suas atividades e participação na comunidade5.
Entretanto, além da recuperação física, o paciente pós-AVC também precisa dar atenção especial ao seu emocional. Quem teve derrame cerebral e precisa lidar com os desafios impostos pela doença, pode apresentar depressão, ansiedade e outras alterações psicológicas¹.
É fundamental que o paciente receba acompanhamento psicológico adequado para garantir uma melhor qualidade de vida. O psicólogo desempenha um papel crucial ao criar uma metodologia personalizada que auxilia o indivíduo a aceitar sua condição. Isso não só minimiza o sofrimento, mas também melhora a saúde mental e promove um equilíbrio emocional mais saudável6.
Cada pessoa que sofreu um Acidente Vascular Cerebral apresentará reações e comportamentos diferentes². Em alguns casos, além das sequelas físicas e motoras, o indivíduo pode apresentar declínio cognitivo, como perda de memória³.
No aspecto psicológico, os pacientes podem apresentar ansiedade, depressão, distúrbios do sono e da função sexual, além de distúrbios motores, sensoriais, cognitivos e de comunicação6.
Um fator preocupante é que os sintomas depressivos podem não apenas reduzir a interação social, mas também diminuir a motivação para a reabilitação, intensificando sentimentos de solidão e falta de esperança6.
Após o AVC, a pessoa pode desenvolver reações e comportamentos que não apresentava antes da doença. Em alguns casos, o paciente passa a ter dificuldade em controlar o humor e as emoções, podendo chorar frequentemente sem motivo aparente e, em seguida, começar a rir².
Para quem está no pós-AVC e para os seus familiares, as mudanças emocionais podem parecer difíceis de reverter, mas com um acompanhamento adequado é possível mudar esse quadro².
O AVC traz consequências profundas para a vida dos pacientes e seus familiares, devido as consequências que podem surgir com as sequelas, como dificuldades motoras, sensitivas, cognitivas, visuais, emocionais e comportamentais. Essas alterações podem afetar a capacidade do indivíduo de realizar tarefas de forma independente em diferentes contextos, seja em casa, no trabalho ou na comunidade6.
De acordo com estudos, a depressão atinge cerca de 40% dos pacientes pós-AVC. Esse quadro está relacionado ao declínio do paciente na reabilitação e ao aumento do risco de mortalidade6.
Para apoiar a pessoa no pós-AVC e ajudá-la a superar os desafios, a atuação de uma equipe multidisciplinar é fundamental. O papel do psicólogo é especialmente importante ao longo das fases do tratamento, pois a recuperação pode levar meses, o que pode aumentar a ansiedade do paciente¹.
Durante os seis primeiros meses da reabilitação, o paciente pode experimentar sentimentos de raiva, irritabilidade e ansiedade. E esses são meses cruciais para a recuperação1-2. Ser acompanhado por um psicólogo é fundamental para que a pessoa no pós-AVC consiga lidar com todas as adversidades, sentimentos completos e dê continuidade ao tratamento multidisciplinar².
Em casos mais graves, onde há um quadro de depressão severa, é essencial buscar a ajuda de um psiquiatra. Esse especialista avaliará a condição do paciente e, se necessário, prescreverá medicamentos como antidepressivos para auxiliar no tratamento².
1.Serraville. Reabilitação psicológica pós-AVC. Disponível em: https://www.serraville.com/interesse/reabilitacao-psicologica-pos-avc/ Acessado em junho de 2024.
2.Neuroser. Alterações emocionais pós-AVC. Disponível em: https://neuroser.pt/2017/04/11/alteracoes-emocionais-no-pos-avc/ Acessado em junho de 2024.
3.Novo Cuidar: Como a estimulação cognitiva pode ajudar depois de um AVC? Disponível em: https://novocuidar.pt/como-a-estimulacao-cognitiva-pode-ajudar-depois-de-um-avc. Acessado em: julho de 2024. Acessado em julho de 2024.
4.AVC org. Acidente Vascular Cerebral. Disponível em: https://avc.org.br/pacientes/acidente-vascular-cerebral/ Acessado em julho de 2024.
5.Governo Federal: Diretrizes – Atenção à Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral. Disponivel em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/publicacoes/diretrizes-de-atencao-a-reabilitacao-da-pessoa-com-acidente-vascular-cerebral.pdf/view Acessado em: junho de 2024.
6.Revista Cientifica FT: A importância do atendimento psicológico em pacientes após Acidente Vascular Cerebral. Disponível em: https://revistaft.com.br/a-importancia-do-atendimento-psicologico-em-pacientes-apos-acidente-vascular-cerebral/ Acessado em: julho de 2024.
Out/24 | ALLSC-BR-000476
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