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O AVC é responsável por ser a segunda maior causa de mortes no Brasil e uma das principais razões de incapacidade no mundo. Embora o derrame cerebral esteja associado com mais frequência em adultos mais velhos, tem-se observado um aumento preocupante de casos entre jovens e pessoas de meia-idade nas últimas décadas 4.
De acordo com a World Stroke Organization (Organização Mundial de AVC), um em cada seis indivíduos no mundo sofrerá um AVC ao longo da vida³. Em relação, aos números crescentes nos jovens um alerta foi ligado por uma pesquisa publicada na revista Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, da American Heart Association. Segundo os estudos, os fatores de risco que afetam esse público estão ligados a uma série de distúrbios não tradicionais, como enxaqueca¹.
Apesar de muitos casos de AVC estarem ligados a fatores de risco tradicionais, como hipertensão, colesterol elevado, diabetes tipo 2, tabagismo, obesidade, sedentarismo, alcoolismo e doenças coronarianas, há um crescente número de jovens sem essas comorbidades que têm sido diagnosticados com derrame cerebral. Essa tendência preocupante destaca a necessidade de maior atenção a outros fatores de risco, como enxaquecas, distúrbios de coagulação sanguínea, entre outros¹.
Essa constatação levou os cientistas a estudarem os casos com maior atenção, o que resultou nos achados divulgados na revista Circulation. Para conduzir esses estudos, os pesquisadores compararam dados de cerca de 2,6 mil pessoas diagnosticadas com AVC com informações de 7,8 mil pessoas saudáveis. Essa análise foi fundamental para que os cientistas identificassem fatores de risco não convencionais que podem levar ao acidente vascular cerebral. Entre esses foram destacados os seguintes¹:
Dados da pesquisa Cardiovascular Quality and Outcomes, da American Heart Association, demonstraram que essas comorbidades estavam associadas ao AVC em jovens com idade entre 18 e 44 anos. O estudo demonstrou que o seguinte: “quanto mais jovens os pacientes no momento do AVC, maior será a probabilidade de a doença estar ligada a um fator de risco não tradicional”¹.
Além da pesquisa publicada na revista Circulation, outro estudo aponta o que pode estar associado ao aumento do AVC entre pessoas de todas as idades, inclusive em jovens. Entre as causas, algumas pesquisas realizadas por pesquisadores brasileiros da Unicamp e USP demonstram que o vírus Sars-Cov-2 (Covid-19) pode estar associado ao aumento de casos de derrame cerebral5.
Os estudos revelam que cerca de 50% dos pacientes diagnosticados com Covid-19 apresentaram problemas neurológicos, entre esses o Acidente Vascular Cerebral (AVC)5.
O estudo “Long-term cardiovascular outcomes of COVID-19”, realizado por cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos e publicado no periódico científico Nature, demonstrou que pacientes diagnosticados com Covid-19, mesmo em casos leves, apresentam maior probabilidade de serem diagnosticados com problemas no coração. Segundo os dados da pesquisa, a infecção causada pela Covid-19 aumenta os riscos do desenvolvimento de doenças cardiovasculares6.
Entre as doenças cardiovasculares ocasionadas pelo Sars-Cov-2, a pesquisa destaca6:
Segundo a publicação na revista Nature, as pessoas que sobreviveram aos primeiros 30 dias de COVID-19 apresentaram um risco aumentado de acidente vascular cerebral (AVC). A análise mostrou o risco é elevado mesmo para aqueles que estão com menos de 65 anos de idade e não apresentam fatores de risco, como obesidade ou diabetes6.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é caracterizado pelo surgimento rápido de sinais clínicos de distúrbios focais ou globais na função cerebral. De acordo com o órgão, os sintomas têm origem vascular e duram 24 horas ou mais, podendo causar alterações cognitivas e sensório-motoras, dependendo da área do cérebro afetada e da extensão da lesão³.
O AVC em jovens manifesta os mesmos sintomas observados em outras faixas etárias. Por isso, é crucial estar atento aos sinais e não ignorá-los, pois o reconhecimento rápido pode ser decisivo para a sobrevivência da pessoa².
Uma pessoa com AVC vai apresentar sinais, como 2-3:
Assim que os sinais forem percebidos, é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou chamar um serviço de emergência imediatamente. Quanto mais rápido for o atendimento, maiores serão as chances de sobrevivência¹.
Quanto mais ágil for o atendimento ao paciente de AVC, seja ele jovem ou adulto, maior serão as chances de sobrevivência. Segundo especialistas médicos, o tratamento depende do tipo de AVC (Isquêmico ou hemorrágico) e para diagnosticar é necessário realizar exames de imagem, como a tomografia e a ressonância magnética angiografia, angioressonância ou angiotomografia2-3. Desta forma é possível identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral²
Além disso, o médico pode solicitar exames complementares, como eletrocardiograma (ECG), exames laboratoriais (hemograma, glicemia) e, caso haja perspectiva de trombólise, tempo parcial de tromboplastina ativada, atividade de pro trombina e tipagem sanguínea³.
Durante o procedimento, é identificado o tipo de AVC, se isquêmico (obstrução de um vaso sanguíneo) ou hemorrágico (ruptura de um vaso sanguíneo). Após isso, os especialistas podem optar por medicamentos ou, até mesmo, uma cirurgia cerebral².
Independentemente da idade do paciente, os médicos recomendam tratamento rápido para reduzir a extensão e as sequelas provocadas pelo AVC no paciente. Além disso, após sair do hospital, é necessário dar continuidade aos cuidados, iniciando a reabilitação imediatamente conduzida por uma equipe multidisciplinar. O objetivo é aumentar as chances de recuperação².
Referências consultadas
Jul/24 | ALLSC-BR-000379
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