FALE CONOSCO
Entre em contato conosco através deste formúlario
A espasticidade é uma complicação caracterizada pelo aumento involuntário da contração muscular, e ocorre aproximadamente em um terço dos pacientes de AVC. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o agravamento dos sintomas e aumentar a eficácia dos tratamentos 1.
O quadro clínico pode surgir após a alta hospitalar, deixando os músculos mais rígidos, afetando braços e pernas e dificultando os movimentos e a postura do paciente 1.
É extremamente recomendável que o tratamento de reabilitação da espasticidade comece o mais rápido possível após o AVC, de preferência antes da alta hospitalar 2.
Isso é importante porque, caso a espasticidade não seja detectada e tratada precocemente, os pacientes podem desenvolver contraturas que levam a deformidades fixas das extremidades dos membros, que podem ser incompatíveis com sua movimentação normal 2.
Principais razões para estabelecer o diagnóstico precoce da espasticidade 2:
- A espasticidade pode ter várias formas e não há uma abordagem farmacológica padronizada.
- Atualmente, uma proporção relevante de pacientes continua sem receber nenhum tratamento para a espasticidade.
- Conhecer e avaliar corretamente, de forma precoce, os sinais e sintomas permite escolher a terapêutica mais eficaz para cada paciente.
- Uma terapêutica precoce correta permita a realização das atividades básicas da vida diária com a menor severidade de efeitos colaterais.
- Evitar o desenvolvimento de contraturas que levam a deformidades fixas das extremidades dos membros.
- Evitar feridas de pressão na pele, que são muito dolorosas.
- Facilidade de realização de testes durante a internação hospitalar.
Vale destacar que é importante procurar atendimento médico caso a espasticidade apresente sinais de piora ou se torne mais frequente, ou quando a dor impede o desempenho de tarefas diárias. Entre em contato com seu médico de atenção primária, que pode dar encaminhamento para mais testes ou fisioterapia 2.
Como é o diagnóstico 2
É importante entendermos ainda que, devido aos diferentes graus de espasticidade, o diagnóstico precoce da espasticidade pode não ser simples. Exames físicos e um teste neurológico podem testar a espasticidade e sua gravidade. Além disso, ressonância magnética pode trazer mais informações sobre a fonte da espasticidade e a extensão do dano que a causou 2.
Para além do exame físico completo, que inclui um exame neurológico detalhado, é necessário ter em conta diversas escalas qualitativas de avaliação da espasticidade, testes instrumentais ou quantitativos, medidas relatadas pelos pacientes e métodos que avaliam a qualidade de vida 2.
Pontos fundamentais do tratamento da espasticidade 3
- Realizar um diagnóstico preciso e precoce é fundamental.
- Antes de iniciar qualquer tratamento é necessário eliminar possíveis fatores agravantes, como dor, e delinear objetivos realistas de acordo com a condição do paciente.
- É fundamental ter uma abordagem multidisciplinar, sendo que as terapias não farmacológicas são a base do tratamento, apesar de ainda se poderem adicionar outras terapias instrumentadas.
- Caso a abordagem não farmacológica não seja suficiente para aliviar a sintomatologia do doente, o médico pode ainda acrescentar terapias farmacológicas sistémicas (baclofeno oral ou intratecal, tizanidina, diazepam, dantroleno, gabapentina, clonidina ou nabiximol) ou locais (injeções de toxina botulínica, álcool ou fenol).
- Em último caso, é possível optar ainda pela terapia cirúrgica.
Dar a devida prioridade ao diagnóstico precoce da espasticidade é essencial, e deveria ser um protocolo a ser seguido em todos os casos de AVC. É fundamental aproveitarmos cada oportunidade que possa propiciar melhor qualidade de vida para os pacientes 2.
Referências
1. GUIA de doenças e sintomas: espasticidade no adulto. Disponível em: https://www.einstein.br/doencas-sintomas/espasticidade-no-adulto. Acesso em: 09 set. 2024.
2. Spasticity. Disponível em: https://www.aans.org/patients/conditions-treatments/spasticity/. Acesso em: 9 set. 2024. American Association of Neurological Surgeons – AANS.
3. Espasticidade: atualização sobre fisiopatologia e tratamento. 2024. Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina) – Faculdade de Ciências da Saúde. Disponível em: http://hdl.handle.net/10400.6/13464. Acesso em: 09 set. 2024.
Out/24 | ALLSC-BR-000476
