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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade no Brasil. Uma das sequelas mais comuns é a espasticidade, que causa rigidez nos músculos e dificulta a movimentação do paciente.
Este texto explica, de forma simples, como a espasticidade se desenvolve ao longo do tempo em pessoas que tiveram AVC. Também mostra o que os estudos mais recentes dizem sobre os melhores tratamentos e como o SUS (Sistema Único de Saúde) pode ajudar nesse processo.
Pesquisas feitas pela Universidade Federal de Uberlândia mostram que a espasticidade pode causar sérios prejuízos nos movimentos, na qualidade de vida e até na independência das pessoas. É importante saber que, quanto mais cedo a condição for identificada, melhor para prevenir essas dificuldades 2, 3.
Quando uma pessoa sofre um AVC, algumas partes do cérebro que controlam os músculos podem ser afetadas. Com isso, os músculos podem ficar tensos, rígidos e difíceis de mexer. Isso é o que chamamos de espasticidade 2.
Esse problema atinge com frequência os braços e as pernas do paciente. Os músculos às vezes ficam tão contraídos que tarefas simples, como segurar um copo, pentear o cabelo ou caminhar, viram um desafio 2.
Estudos mostram que de 20% a 30% das pessoas que têm AVC desenvolvem esse tipo de rigidez muscular. E quando a espasticidade causa dor ou interfere na rotina, é importante iniciar o tratamento o quanto antes 3.
Essa rigidez pode aparecer junto com outros sintomas, como espasmos ou rigidez nos membros, o que dificulta ainda mais a recuperação e atrapalha bastante a vida do paciente 4.
No Brasil, o SUS possui toda uma estrutura voltada a oferecer exames e reabilitação em centros especializados. Lá, o paciente recebe avaliação e, se necessário, começa a fisioterapia para reduzir os efeitos da espasticidade 6.
A espasticidade pode surgir logo nos primeiros dias após o AVC, mas também pode demorar semanas ou até meses para aparecer. Alguns pacientes começam a sentir os músculos rígidos já nas primeiras quatro semanas, enquanto outros só percebem depois de três meses 2.
Quanto mais grave for a lesão no cérebro, maior é a chance de a espasticidade aparecer. Um sinal de alerta é a dificuldade em mover braços ou pernas logo após o AVC. Esses músculos podem desenvolver rigidez ao longo do tempo 2.
Um estudo da Universidad del Rosario acompanhou pessoas com AVC por um ano e observou que muitas delas já tinham espasticidade no cotovelo e no punho nas primeiras semanas. E em mais de 70% dos casos, essa rigidez continuou igual durante todo o acompanhamento 5.
Por isso, é fundamental que o paciente seja avaliado logo nos primeiros dias, mesmo que ainda não sinta a rigidez. O SUS conta com centros de reabilitação onde equipes especializadas fazem esse acompanhamento desde o início 2, 5, 6.
A espasticidade não aparece e desaparece sozinha. Em alguns casos, ela se mantém estável, mas na maioria das vezes, vai piorando com o tempo. A rigidez pode atingir mais músculos, dificultando ainda mais os movimentos 5.
Um estudo feito com pessoas que tiveram AVC mostrou que, nos primeiros seis meses, há um aumento da rigidez muscular. Depois disso, o quadro tende a se manter, mas ainda em níveis altos, o que continua afetando a vida do paciente 5.
Outro problema é que quando a pessoa fica muito tempo parada, os músculos e tendões perdem elasticidade e se tornam ainda mais rígidos. Isso agrava a espasticidade e prejudica os movimentos do corpo 3.
A boa notícia é que existem tratamentos eficazes para reduzir essa rigidez e melhorar a qualidade de vida. A fisioterapia, por exemplo, ajuda a manter os músculos mais soltos e funcionais 3.
O SUS oferece programas que incluem fisioterapia e consultas de reavaliação, nas quais os profissionais ajustam o tratamento de acordo com a evolução do paciente 5.
Quando a espasticidade dura muito tempo, ela começa a afetar outras áreas do corpo. Os músculos ficam tão rígidos que a pessoa não consegue mais se movimentar direito, manter uma boa postura ou realizar tarefas básicas 2.
Se não for tratada, a rigidez pode causar deformações nos ossos, contraturas (encurtamento dos músculos), dor constante e até feridas na pele. A pessoa passa a depender dos outros para atividades como tomar banho, se vestir ou comer 2.
Além do sofrimento físico, há também o impacto emocional. A perda de autonomia pode levar à tristeza, ansiedade e até depressão. Por isso, o tratamento precisa cuidar tanto do corpo quanto da mente 4.
O SUS oferece centros de reabilitação que contam com fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais para apoiar não só o paciente, mas também sua família 2, 4.
De acordo com os estudos, quanto antes a fisioterapia começar, melhores são os resultados. É importante que os profissionais usem métodos que estimulem o movimento voluntário da mão e do corpo 3.
O SUS oferece essas terapias em hospitais e centros especializados. Os profissionais que trabalham nesses locais passam por treinamentos para aplicar as técnicas mais atualizadas no tratamento da espasticidade pós-AVC 1, 3, 4, 6.
A espasticidade pode piorar com o tempo, principalmente se o tratamento parar. Por isso, é essencial que os pacientes voltem aos serviços de saúde com frequência para reavaliações 1.
Os estudos mostram que quando o paciente é acompanhado por muito tempo, é possível ajustar o tratamento para evitar complicações, como contraturas e perda de movimento 3.
No SUS, esse acompanhamento é feito por equipes especializadas, formadas por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e médicos que ajudam a manter o paciente em movimento e funcional 1, 3, 6.
Confira, no vídeo abaixo, como obter seu acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde!
Detectar a espasticidade logo no começo é uma das melhores formas de evitar que ela piore. Com um diagnóstico precoce, dá para iniciar exercícios e terapias que impedem que os músculos enrijeçam 3.
Pesquisadores observaram que, ao avaliar a capacidade de movimentar a mão já nos primeiros dias, é possível prever como será a recuperação. Isso ajuda a planejar melhor o tratamento 1.
Mesmo pacientes que não mostram sinais de rigidez nas primeiras semanas podem desenvolver espasticidade depois. Por isso, é essencial fazer uma triagem completa, mesmo que os sintomas ainda não sejam visíveis 5.
O SUS conta com serviços na atenção primária e com programas como o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que ajudam a identificar esses casos cedo e encaminhar para os especialistas 6.
A espasticidade pós-AVC é uma condição que exige cuidado constante. Se não for tratada da forma certa, pode dificultar a vida da pessoa e causar perda de movimento e de autonomia 1.
Com acompanhamento regular, início rápido do tratamento e apoio do SUS, é possível controlar a rigidez muscular, melhorar a qualidade de vida e promover mais independência 4.
1- SciELO Brasil. Correlação entre espasticidade do membro superior e movimentação da mão no pós-AVC. 2022. Acesso em Mai. 2025.
2- Universidade Federal de Uberlândia. Preditores de espasticidade pós-AVC: uma revisão de literatura. 2023. Acesso em Mai. 2025.
3- Centro Universitário São José. Intervenções fisioterapêuticas em pacientes com espasticidade pós AVC. 2024. Acesso em Mai. 2025.
4- MDPI. Long-term management of post-stroke spasticity: a retrospective study. 2024. Acesso em Mai. 2025.
5- Universidad del Rosario. Prevalence, onset, evolution, and prediction of spasticity poststroke: a systematic review. 2024. Acesso em Mai. 2025.
6- Ministério da Saúde. Linha de Cuidado – Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Adulto. 2019. https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/acidente-vascular-cerebral-(AVC)-no-adulto/. Acesso em Mai. 2025.
Jul/25 | ALLSC-BR-000576
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