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O acidente vascular cerebral (AVC) é uma condição grave que acontece quando o sangue para de chegar a alguma parte do cérebro. Sem sangue, as células cerebrais morrem em poucos minutos. Sendo uma das principais causas de morte, ele pode ser causado por problemas nas veias e artérias, mas também por alterações no sangue, como explica estudo da UNA-SUS 1.
Todo ano, cerca de 15 milhões de pessoas sofrem AVC no mundo. Infelizmente, 5 milhões morrem e outros 5 milhões ficam com sequelas permanentes. Com o envelhecimento da população, o número de casos de AVC tende a aumentar ainda mais 1.
Entre as sequelas mais comuns está a dor crônica. Descrita pela primeira vez em 1906, ela pode acontecer quando a área do cérebro que controla o toque e a dor é afetada pelo AVC 2. Essa dor atinge entre 8% a 35% dos pacientes 3.
A dor crônica pós-AVC é aquela dor que aparece depois do AVC e não vai embora com o tempo. Ela pode ser sentida de várias formas: como uma queimação, pressão, formigamento ou mesmo uma sensação de congelamento 2. Muitos pacientes relatam dor latejante, picadas ou choques elétricos 3.
A quantidade de pessoas afetadas varia. Estudos mostram que entre 1% e 35% dos pacientes desenvolvem dor crônica após um AVC 2. Outra pesquisa aponta que de 8% a 35% dos pacientes podem ser afetados 3.
Essa diferença nos números acontece porque nem sempre os estudos usam os mesmos critérios para definir o que é dor crônica pós-AVC.
Quando o AVC atinge regiões do cérebro ligadas à dor, essas áreas ficam “confusas” e começam a enviar sinais errados para o corpo. É como se o cérebro acreditasse que existe dor, mesmo sem motivo real 2.
As regiões afetadas podem ser o tálamo, a formação reticular, o Locus coeruleus e o hipotálamo. Essas áreas formam uma rede que controla como sentimos dor 2.
No passado, achavam que a dor vinha apenas de lesões no tálamo. Hoje sabemos que é mais complexo. Alguns pacientes com lesões no tálamo não têm dor, e outros com dor não têm lesão no tálamo 3.
Após o AVC, o cérebro perde parte do controle sobre o corpo. Isso pode fazer com que ele interprete sensações normais como dolorosas. Em alguns casos, a dor aparece mesmo sem nenhum estímulo real 2.
Outro ponto importante é o papel das emoções. Alterações nas conexões entre o tálamo, a amígdala e o córtex cingulado anterior também contribuem para a dor crônica 2. Estudos também mostram que lesões na via espinotalâmica aumentam o risco de dor crônica 3.
O diagnóstico da dor crônica pós-AVC envolve conversar com o paciente e fazer testes para avaliar como ele sente frio, calor e toques 2.
O médico também pode pedir exames de imagem, como ressonância magnética, para confirmar o tipo de lesão 2.
Diagnosticar a CPSP não é fácil. Como os sintomas variam muito, às vezes o diagnóstico é demorado. É importante procurar especialistas experientes nesse tipo de condição 2,3.
Medicamentos são parte importante do tratamento. Entre eles estão 3:
Esses remédios ajudam tanto na dor quanto nos problemas emocionais que surgem com ela 3. Mas é importante lembrar que eles podem ter efeitos colaterais.
Uma opção interessante é a estimulação magnética transcraniana repetitiva (rTMS). Com essa técnica, campos magnéticos estimulam regiões do cérebro, sem precisar de cirurgia. Estudos mostram que a rTMS reduz moderadamente a dor e tem poucos efeitos adversos 3.
Manter o corpo ativo é fundamental para quem sofre de dor pós-AVC. A fisioterapia oferece várias opções 1:
Essas terapias ajudam a recuperar movimentos e controlar a dor 1.
Outras abordagens promissoras incluem o uso de realidade virtual e acupuntura. Embora interessantes, elas ainda precisam de mais estudos para comprovar sua eficácia completa 3.
Viver com dor constante é muito difícil. A dor pode prejudicar o sono, o humor e a disposição 1,2,3. Muitos pacientes sentem tristeza profunda, isolamento e até depressão 2.
Dados mostram que quem tem CPSP está mais propenso a insônia, dependência de medicamentos e risco aumentado de depressão 3.
Conclusão 2, 3
A dor crônica pós-AVC é uma complicação séria, mas tem tratamento. Buscar ajuda logo no início faz toda diferença para melhorar a qualidade de vida 2.
O avanço das pesquisas oferece esperança de novos tratamentos. Cada descoberta ajuda a entender melhor a dor e cria novas formas de combatê-la 2,3.
1- Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). Conhecimento dos agentes comunitários de saúde acerca do acidente vascular cerebral no município de Colônia do Gurgueia – PI. 2022. Link: https://ares.unasus.gov.br/acervo/bitstream/ARES/12010/1/TCC-%20COL%20GURGUEIA-5.pdf. Acesso em Abr. 2025.
2- Frontiers Media S.A. Impact of COVID-19 on Stroke Admissions and Outcomes: A Systematic Review and Meta-Analysis. 2021. Link: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fneur.2021.678198/full. Acesso em Abr. 2025.
3- medRxiv. Sex-Specific Differences in Acute Ischemic Stroke Presentation, Care, and Outcomes. 2024. Link: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.15.24301311v1. Acesso em Abr. 2025.
Jun/25 | ALLSC-BR-000575
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