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A espasticidade acontece quando alguns músculos ficam contraídos de forma involuntária, geralmente após algum problema no cérebro ou na medula espinhal. Isso deixa o músculo mais “duro” e difícil de alongar. Segundo o relatório da Conitec, esse tipo de rigidez é comum em pessoas que tiveram AVC, esclerose múltipla ou paralisia cerebral, mas também pode aparecer em casos de lesões cerebrais ou infecções mais graves. 1
De acordo com um estudo publicado na BMJ, essa rigidez acontece porque o cérebro perde o controle dos músculos, e eles começam a se contrair sozinhos, às vezes com espasmos. Mesmo sem a pessoa querer, os músculos ficam tensos e reagem demais a qualquer estímulo. 2
O problema é que, quando a espasticidade é leve, muitos não percebem. Ela pode parecer apenas um desconforto, mas com o tempo traz limitações. Neste texto, vamos explicar como identificar os sinais no começo e por que é tão importante tratar logo. 1,2
A espasticidade leve pode parecer apenas uma rigidez discreta, que aparece em certos movimentos. É comum sentir o músculo “travando” um pouco ou reagindo de forma estranha quando se tenta se alongar. De acordo com a BMJ, um dos sinais mais importantes é quando o músculo resiste bastante no início do movimento, mas depois “cede” de repente; esse é o chamado efeito “canivete”. 2

Segundo a Cleveland Clinic, espasticidade e rigidez não são a mesma coisa. A espasticidade afeta apenas alguns músculos, enquanto a rigidez comum atinge todos os músculos ao redor de uma articulação. Além disso, a força da espasticidade muda conforme o movimento; já na rigidez, a resistência é constante. 3
Mesmo nos casos leves, a espasticidade pode afetar a fala, a maneira de andar e até tarefas simples como pentear o cabelo ou tomar banho. Isso acontece porque os músculos não obedecem direito aos comandos do cérebro. 3
Muita gente demora para perceber que está com espasticidade leve. Segundo a Cleveland Clinic, os sintomas podem aparecer e desaparecer, como uma sensação de rigidez passageira ou espasmos que vêm de vez em quando. Por parecer algo simples, muitos ignoram. 3
Além disso, como explica a mesma fonte, pacientes e até profissionais de saúde nem sempre têm informação suficiente sobre o problema. Isso faz com que a espasticidade seja confundida com outras condições, como dores musculares ou problemas nas articulações. 3
A BMJ também destaca que a espasticidade pode variar muito de pessoa para pessoa. Em alguns casos, parece só um desconforto. Em outros, chega a causar dor forte e dificuldade para mexer os braços ou pernas. Por isso, é tão importante prestar atenção aos primeiros sinais. 2
Mesmo quando começa leve, a espasticidade pode evoluir e causar problemas mais sérios. O relatório da Conitec mostra que, sem tratamento, os músculos ficam cada vez mais encurtados. Isso altera a postura e dificulta o movimento. A rigidez vira algo permanente e pode causar dor e deformações. 1
Além das questões físicas, a espasticidade afeta também a parte emocional e social do paciente. Segundo a BMJ, tarefas simples como tomar banho, se vestir ou até manter a higiene íntima ficam mais difíceis. Isso pode gerar vergonha, isolamento e baixa autoestima. 2
Outras consequências importantes incluem:
Com o passar do tempo, a pessoa pode acabar usando a espasticidade como “apoio” para manter a postura, o que dificulta ainda mais o tratamento depois. 1,2
Identificar a espasticidade logo no começo faz toda a diferença. O relatório da Conitec recomenda ficar atento a sinais como espasmos que se repetem, dificuldade leve para caminhar ou segurar objetos e dor após fazer movimentos repetitivos. 1
O diagnóstico começa com uma boa conversa entre médico e paciente, além de um exame físico detalhado. Existem escalas específicas para medir o grau da espasticidade, como a de Ashworth Modificada e a de Tardieu. Mas essas escalas são apenas uma parte da avaliação. É essencial considerar também o quanto a condição está atrapalhando a rotina da pessoa. 1
Contar com uma equipe de profissionais de diferentes áreas ajuda muito a definir o melhor caminho para o tratamento e acompanhar os resultados. 1
A primeira linha de cuidado geralmente é feita com fisioterapia e terapia ocupacional. Segundo a Conitec, alongamentos, uso de órteses e exercícios ajudam a melhorar a postura, evitar contraturas e deixar a caminhada mais eficiente. A estimulação elétrica também pode ser útil. 1

De acordo com a BMJ, o alongamento diário ainda é um dos métodos mais usados, embora os resultados variem. As órteses mantêm o músculo alongado por mais tempo e ajudam a evitar deformidades. O alinhamento postural também é importante, principalmente em quem tem mais rigidez. 2
A Cleveland Clinic explica que:
Existem vários remédios usados para tratar espasticidade, conforme mostra a BMJ. Também há alguns medicamentos que podem ajudar em casos de espasmos noturnos. No entanto, todos devem ser usados com cuidado, pois podem causar fraqueza ou sonolência. 2
Há medicamentos específicos indicados principalmente quando a espasticidade atinge apenas uma parte do corpo. Segundo a Conitec, usá-los nas fases iniciais pode prevenir que o músculo fique encurtado ou inutilizado. 1
Além disso, como a aplicação é local, os efeitos são focados no músculo afetado, sem os efeitos colaterais de medicamentos tomados por via oral. Os resultados aparecem em até 10 dias e duram cerca de 3 meses. 2
Mesmo que os sintomas pareçam fracos, a espasticidade leve pode atrapalhar bastante. A BMJ mostra que ela interfere em atividades simples do dia a dia e pode piorar com o tempo. 2
A Cleveland Clinic destaca que tratar cedo ajuda a evitar complicações como fraturas, contraturas, luxações e até infecções urinárias. Além disso, quanto antes o cuidado começar, menores os custos para o paciente e para o sistema de saúde. 3
O tratamento precoce também ajuda a manter a independência, melhorar a autoestima e aliviar o peso sobre os cuidadores. 2,3
Mesmo quando parece apenas um incômodo, a espasticidade leve pode evoluir e causar muitos problemas. Por isso, é importante não ignorar os sinais e buscar ajuda especializada. 1
Com o tratamento certo, é possível melhorar a qualidade de vida, evitar complicações e manter a autonomia. Cada pessoa merece cuidado desde os primeiros sintomas. 2
Quanto mais cedo o problema for reconhecido, mais chances a pessoa terá de seguir sua rotina com conforto e segurança. 3
1 – Ministério da Saúde / Conitec. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Espasticidade. 2022. Link: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2022/20220214_rr_pcdt_espasticidade_cp_02.pdf. Acesso em Set. 2025.
2 – BMJ. Clinical Review [sobre espasticidade]. (ano não indicado). Link: https://www.bmj.com/bmj/section-pdf/762346?path=%2Fbmj%2F349%2F7970%2FClinical_Review.full.pdf&utm_source=chatgpt.com. Acesso em Set. 2025.
3 – Cleveland Clinic. Spasticity: What It Is, Causes, Symptoms & Treatment. 2022. Link: https://my.clevelandclinic.org/health/symptoms/14346-spasticity?utm_source=chatgpt.com. Acesso em Set. 2025.
Set/25 | ALLSC-BR-000703
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