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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) está entre as principais causas de mortes e incapacidade no mundo. Além da fase aguda, muitas pessoas enfrentam sequelas que impactam a rotina, como a espasticidade, uma rigidez muscular que dificulta movimentos simples. Por isso, é fundamental saber que mudanças no estilo de vida ajudam a prevenir o AVC. Quando ele ocorre, é possível reduzir o risco de novos episódios com tratamento adequado e acompanhamento contínuo pelo sistema de saúde. 1 Dados do Ministério da Saúde indicam que o AVC mata de 100 a 120 mil pessoas por ano no Brasil, gerando também altos custos econômicos. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte em todas as etapas do cuidado: desde a emergência até o controle das sequelas. Isso inclui atendimento rápido, reabilitação especializada e acesso a medicamentos. 2, 4
O AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo é interrompido, danificando as células cerebrais. Ele pode ser isquêmico, causado por um coágulo, ou hemorrágico, provocado pelo rompimento de um vaso. As consequências incluem sequelas motoras, cognitivas e sensoriais. 1
A espasticidade, uma das principais sequelas motoras, causa rigidez muscular, reflexos exagerados e posturas anormais. Pode surgir dias ou semanas após o AVC e deve ser tratada o quanto antes para evitar dor, contraturas e perda funcional. 6
A espasticidade pode se manifestar de diferentes formas:
O reconhecimento e tratamento precoce da espasticidade ajudam a preservar a mobilidade e a qualidade de vida. 1, 6
O SUS conta com uma rede estruturada de urgência e emergência para o atendimento do AVC. Desde 2011, o Brasil avançou no tratamento da fase aguda com trombólise, trombectomia e reabilitação precoce. Esses procedimentos melhoram a recuperação e reduzem sequelas graves. 2
A nova política de financiamento da atenção primária e a incorporação da trombectomia mecânica no SUS fortalecem esse atendimento. Também são importantes as ações de capacitação das equipes e a melhoria dos serviços pré-hospitalares. 2
O portal do Ministério da Saúde explica que o AVC isquêmico pode ser tratado com medicamentos que dissolvem o coágulo nas primeiras 4h30, ou com procedimentos que removem o coágulo. Já o AVC hemorrágico pode exigir cirurgia ou tratamento clínico, dependendo da gravidade. 3
Como um todo, a rapidez no atendimento aumenta as chances de recuperação e diminui o risco de sequelas como a espasticidade. 2, 3
A espasticidade é um distúrbio motor causado por lesões no sistema nervoso central. Ela provoca aumento anormal do tônus muscular, resistência ao movimento passivo e hiperreflexia. 6
Após um AVC, de 30% a 40% dos pacientes desenvolvem algum grau de espasticidade. A condição pode surgir em diferentes graus e regiões do corpo. 6
Os sintomas incluem rigidez, dor, espasmos, dificuldade para se mover e limitação funcional. Isso afeta diretamente a mobilidade, a autonomia e a qualidade de vida da pessoa acometida. 6
O tratamento da espasticidade no SUS segue o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), que define o uso de medicamentos – oferecidos gratuitamente aos pacientes – e critérios para acompanhamento. 6
Para entrar no protocolo do SUS, a pessoa precisa:
Os serviços especializados aplicam os medicamentos e acompanham a evolução do paciente, com estrutura adequada e equipe treinada. O tratamento contínuo ajuda a reduzir sintomas e prevenir complicações. 6
A reabilitação após o AVC é essencial para restaurar funções motoras, prevenir complicações e promover a autonomia. O SUS oferece serviços como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e fornecimento de órteses. 6
A reabilitação precoce melhora a recuperação e minimiza os danos do AVC. 2
Os Centros Especializados em Reabilitação (CERs) oferecem atendimento com plano terapêutico singular e participação dos familiares. Eles fazem parte da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, que organiza os serviços em pontos de atenção à saúde. 4
Vale lembrar que a integração entre reabilitação física e tratamento medicamentoso garante mais qualidade de vida ao paciente com espasticidade. 6
Pessoas com sequelas de AVC têm direito a serviços gratuitos de saúde no SUS, como reabilitação, medicamentos e órteses. Esses direitos estão garantidos pela legislação que protege pessoas com deficiência. 4
Para acessar esses benefícios, é necessário apresentar laudo médico que comprove a condição. O documento deve seguir os critérios das políticas públicas de saúde. 4
A espasticidade, quando compromete a mobilidade ou limita atividades diárias, se enquadra como deficiência. Essa classificação permite acesso a tratamentos contínuos, transporte adaptado e inclusão em programas sociais. 6
Cuidadores exercem papel essencial no dia a dia do paciente com espasticidade. Eles devem apoiar nas tarefas, seguir as orientações da equipe de saúde e monitorar os efeitos dos medicamentos. 6
Algumas ações recomendadas incluem:
O vínculo com as equipes de atenção básica fortalece o tratamento. Escuta acolhedora e orientação contínua aumentam a adesão e a eficácia das intervenções. 6
O SUS oferece cuidado integral para quem teve AVC, desde o atendimento de emergência até a reabilitação das sequelas. Isso inclui o tratamento da espasticidade, com medicamentos, terapias e apoio multiprofissional. 6
A prevenção e o acompanhamento regular são fundamentais. De acordo com a American Stroke Association, seguir o plano médico reduz o risco de novos AVCs e melhora a qualidade de vida. 1
Compartilhar essas informações pode ajudar outras pessoas a conhecer seus direitos e buscar apoio no sistema público de saúde. 1, 6
1- Centers for Disease Control and Prevention – Stroke Basics. Disponível em: https://www.cdc.gov/stroke/prevention/. Acesso em dez. 2024.
2- Valor. No Brasil, 342 vidas são perdidas por dia para o AVC. Disponível em: https://valor.globo.com/patrocinado/dino/noticia/2024/06/26/no-brasil-343-vidas-sao-perdidas-por-dia-para-o-avc.ghtml. Acesso em dez. 2024.
3- Hospital Albert Einstein: Principais informações sobre o AVCI. Disponível em: https://vidasaudavel.einstein.br/principais-informacoes-sobre-o-avc. Acesso em dez. 2024.
4- Governo Federal: Diretrizes – Atenção à Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/publicacoes/diretrizes-de-atencao-a-reabilitacao-da-pessoa-com-acidente-vascular-cerebral.pdf/view. Acesso em dez. 2024.
5- Unimed Viver Bem. Guia Prático do Paciente pós-AVC. Disponível em: https://viverbem.unimedbh.com.br/prevencao-e-controle/reabilitacao-pos-avc. Acesso em dez. 2024.
6- Governo Federal. Relatório de Recomendação – Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Espasticidade. 2022. Link: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2022/20220323_rr_pcdt_espasticidade_final.pdf. Acesso em Ago. 2025.
Set/25 | ALLSC-BR-000703
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